Ainda segundo a pasta, o bloqueio atinge beneficiários que apresentaram problemas no cadastro e que não atenderam ao chamado para regularizar a situação. No estado, cerca de 3 milhões de famílias estão cadastradas no programa.
Periodicamente, os beneficiários são chamados para prestar informações
sobre o cadastro. Eles são dividos em grupos, cada um diz respeito a uma
situação, como revisão, atualização cadastral e averiguação.
Ao todo,
são oito grupos. Dessa vez, quatro grupos foram chamados com uma mesma
data limite e, por isso, uma multidão foi à Secretaria Municipal de
Promoção Social (Semps) nesta quinta-feira (17).
Entre os beneficiários que tiveram o dinheiro bloqueado está a dona de
casa Eliana dos Santos.
No cadastro consta que o marido passou a
trabalhar com carteira assinada e, por isso, ela perdeu o benefício.
O
problema é que o marido saiu de casa há dois meses e ela está sem
dinheiro para sustentar os dois filhos pequenos.
"Tenho dois meses com dinheiro bloqueado. Eu sou sozinha, cuidando da
casa e dos meninos e dependendo da ajuda dos outros", contou.
Pendências na atualização do cadastro e averiguação, como subdeclaração
de renda, que é quando alguém da família passa a trabalhar com carteira
assinada, são as situações que mais levam ao bloqueio do Bolsa Família.
A ausência dos filhos na escola também é outro fator que leva ao
bloqueio. Isso porque na regra para se manter no programa, a frequência
exigida é de 75% a 80%, dependendo da faixa etária.
Nesses casos, os
pais podem procurar os Centros de Referência de Assistência Social
(Cras) para buscar ajuda. Conforme Leandra Adelino, chefe do setor de
acompanhamento do Bolsa Família, alguns problemas podem causar a falta
às aulas ou até mesmo o abandono escolar. Por isso é necessário procurar
o Cras.
"Pode ser até uma questão de problema de visão, que a família não se
deu conta. De repende está tendo uma dificuldade.
Pode ser uma questão
de déficit de atenção, pode ser questões relacionadas à segurança da
escola, tráfico, bullying", explica Leandra.
Em Salvador, dos 183 mil beneficiários, quase cinco mil estão sem
receber o dinheiro.
Um problema que a dona de casa Sônia Sales enfrenta
há um ano, quando a filha dela morreu e por isso, o benefício foi
suspenso. O dinheiro faz falta na criação dos dois netos.
(Fonte/G1 BA)
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