O número ultrapassa o dobro dos casos
registrados em outubro do ano passado, quando 1.415 focos foram
identificados pelo programa por meio de um conjunto de satélites.
Ainda sem uma estimativa de área
atingida pelo fogo em 2017 no estado, até o último fim de semana, a
Bahia contava com 7.714 focos registrados pelo programa do Inpe. Isso
representa 26% a mais que 2016, quando o estado registrou 6.003 focos
até o dia 27 de outubro.
Áreas de Preservação Permanente (APPs),
como as matas ciliares que protegem os mananciais e nas encostas, foram
destruídas. Também Áreas de Preservação Ambiental (APAs), a exemplo da
APA Marimbus, em Iraquara e a APA do Rio de Janeiro, em Luís Eduardo
Magalhães, tiveram fauna e flora atingidos.
Neste mês, grandes focos foram
identificados em áreas especiais, a exemplo de Ibicoara, Rio de Contas,
Rio do Pires e Piatã, na Chapada Diamantina. Morpará, na região do São
Francisco, Barreiras, no Oeste, e Pilão Arcado, no Norte, também
exigiram esforço de bombeiros e brigadistas.
Conforme o titular da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (Sema), Geraldo Reis, duas aeronaves e um
helicóptero foram contratados para dar suporte às equipes de combate.
Ele salientou que o órgão investiu R$
1,6 milhão na compra de materiais e fardamentos para uso das brigadas de
incêndios florestais capacitadas e treinadas pelo Corpo de Bombeiros da
Bahia (CBMBA).
“Nosso objetivo é fortalecer as
estruturas das brigadas voluntárias para que tenham melhores condições
de combater os incêndios”, afirmou o secretário.
Entre os itens distribuídos estão
gorros, máscaras, capacetes, botas, cantis, mochilas, óculos, luvas,
isolantes térmicos, balaclavas e luvas, além de ferramentas para combate
e prevenção das chamas, como facões, foices, abafadores, pás, rastelos,
enxadas, lanternas e bombas.
As aquisições fazem parte do Programa Bahia Sem Fogo, que envolve órgãos públicos com apoio de entidades privadas.
Estiagem
Os locais mais atingidos são os que
estão com decretos reconhecidos pelo Estado e União por causa da
estiagem, somando 231 municípios no estado. No entanto, além dos fatores
climáticos, as ações humanas são determinantes para a ocorrência de
queimadas.
“Estamos fazendo um alerta e convocando
toda a população para evitar o uso de fogo, sobretudo os produtores
rurais, para não utilizarem a queimada no preparo do terreno para o
plantio”, afirmou Geraldo Reis.
Segundo ele, equipes de fiscais do
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) estão atuando e,
caso alguém seja flagrado, provocando incêndios, vai responder
juridicamente.
Conforme o coordenador da brigada
PrevFogo / Ibama de Barreiras, Vagner Manheze, além de debelar incêndios
florestais, o grupo faz um trabalho de conscientização com palestras em
escolas e associações.
A previsão do tempo para os próximos
dias, de acordo com o Instituto Climatempo, é de sol intercalado com
pancadas de chuva em grande parte dos municípios onde as queimadas
devastaram a fauna e flora nos últimos meses.

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