‘Cheguei por volta de 9h e, depois que
pedi pelo meu filho, percebi uma movimentação estranha no hospital. Os
funcionários andavam de um lado para o outro, não passavam informação.
Fiquei mais de uma hora esperando até que a direção do hospital veio e
me disse que não sabia onde estava o corpo do Kevin. Disseram que podia
ter sido jogado fora ou levado por engano por outra funerária.
Simplesmente não acreditei que isso pudesse ser possível’, contou
Wanderson Nunes.
O pai contou ao jornal Extra que, ainda
na segunda-feira, sua esposa pediu para ver o corpo do bebê uma última
vez, para se despedir. A médica teria negado o pedido e desencorajado o
encontro.
“A doutora ficou falando que não era uma
boa ideia, que não ia fazer bem a ela. Eu estranhei, mas concordei.
Também não achava que seria bom. Tudo já é doloroso demais. Mas, hoje,
sabendo de tudo, acho que o corpo do meu filho foi vendido para estudo.
Já ouvi histórias de coisas assim. Dizem que isso dá muito dinheiro.
Acho que podem ter feito isso com o meu filho. Também comecei a achar
que possa ter acontecido algum erro médico. Saí do hospital e meu filho
estava bem. Quando voltei, o coração dele não batia mais e ninguém sabe
explicar nada”, lamentou Wanderson.
O hospital teria lamentado o ocorrido em nota, mas sem assinatura. Wanderson registrou o crime nesta terça, na 26ª DP (Méier).
“Me entregaram um papel com desculpas,
mas ninguém assina. Ninguém é culpado. Eu quero que esse hospital e
todos os envolvidos paguem. Espero que, no mínimo, as pessoas deixem de
vir aqui. Eles foram e continuam sendo negligentes. Quero que tenham
todo prejuízo do mundo, mesmo que nada disso traga meu filho de volta. O
Kevin não vai voltar, mas eles precisam pagar pelo sofrimento que estão
fazendo a gente passar”, contou.
Em comunicado, o Hospital Pasteur lamentou o fato e disse ter instaurado uma sindicância interna para investigar o caso.

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