Os suspeitos são Cláudia Oliveira, de
Porto Seguro; José Robério Batista de Oliveira, de Eunápolis; e Agnelo
Santos, de Santa Cruz Cabrália, todos do Partido Social Democrático
(PSD). Eles teriam contratado empresas que eram relacionadas ao grupo
familiar e fraudavam licitações, simulando uma competição entre elas. A
fraude soma cerca de R$ 200 milhões.
De acordo com a PF, depois da
contratação do serviço, parte do dinheiro que a prefeitura repassava era
desviado para “conta de passagens” de pessoas terceiras, na tentativa
de dificultar a identificação do recebedor final. Geralmente, esses
valores retornavam para os membros da organização. A PF afirma que em um
dos casos os valores eram repassados para uma empresa de um dos
prefeitos investigados.
A operação acontece também nos estados
de São Paulo e de Minas Gerais. Cerca de 250 policiais federais, com
apoio de 25 auditores da Controladoria-Geral da União e de membros do
Ministério Público Federal, cumprem 21 mandados de prisão temporária, 18
de condução coercitiva e 42 de busca e apreensão expedidos pelo
Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
A equipe do Portal A TARDE tentou falar
com os prefeitos das três cidades baianas, mas ninguém foi localizado
para falar sobre a investigação até a publicação desta reportagem.
Investigações
Segundo as investigações, foi
identificado uma verdadeira “ciranda de propina” que era revezada nas
vitórias de contratos entre as empresas de parentes, camuflando o
esquema.
Segundo nota da PF, “em um dos casos
investigados, foi observado que uma das empresas do esquema tinha como
sócio um ex-funcionário de outra empresa do grupo criminoso, que teria
investido 500 mil reais na integralização do capital. Os policiais
federais descobriram, no entanto, que a renda mensal do ex-funcionário
era de apenas R$ 800 à época”.
Conforme a PF, os investigados irão
responder pelos crimes de organização criminosa (Art. 2º, Lei
12.850/13), fraude à licitação (Art. 89 e 98, Lei 8.666/93), corrupção
ativa e passiva (Arts. 317 e 333, CP) e lavagem de capitais (Art. 1º,
Lei 9.613/98).

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