Na Bahia, 168 gestores reconheceram que deixarão restos a pagar para 2018.
Pelo menos 25% das prefeituras baianas não vão conseguir fechar as
contas de 2017. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos
Municípios (CNM) aponta que 102 prefeitos admitiram que vão terminar o
ano no vermelho. O levantamento traça um raio-x da crise econômica no
Brasil. O quadro, contudo, vai muito além das dificuldades para
equilibrar o balanço financeiro.
Na Bahia, 168 gestores reconheceram que deixarão restos a pagar para
2018 por não terem conseguido receita suficiente para honrar os
compromissos. A falta de recursos gerou outro problema: 184 prefeitos
confessaram que estão atrasados no pagamento de fornecedores. A situação
pode ser ainda mais grave, pois só 284 dos 417 chefes de Executivo
baianos responderam ao estudo – 68% do total.
Bola de neve
Mais da metade dos prefeitos ouvidos pela CNM decidiu parcelar o
pagamento do 13º salário (149 deles), enquanto 224 (quase 80%)
confirmaram que demitiram funcionários e 207 disseram que reduziram
cargos comissionados para tentar equilibrar as contas. Macaúbas e
Itaparica estão entre as cidades que enfrentam esses problemas.
Mais problemas
Mesmo com as demissões de funcionários, 107 gestores baianos admitiram
que gastam mais de 60% da receita com a folha de pessoal, segundo aponta
a pesquisa da CNM. A prática, contudo, é proibida pela Lei de
Responsabilidade Fiscal. O não cumprimento do limite de gasto com
pessoal é um dos principais fatores que levam à reprovação das contas
municipais. O estudo ainda revela que 162 municípios estão com obras de
creches e unidades de saúde paradas por conta da falta de recursos. No
total, são 442 intervenções paralisadas.
Fonte: Correio 24 Horas
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